Quase todos os sobreviventes de câncer enfrentam problemas psicológicos, emocionais e familiares/conjugais, muitas vezes até anos após o término do tratamento.
A principal mensagem é ter a certeza de que você não precisa carregar esse fardo sozinho. O primeiro passo para lidar com as mudanças psicossociais é ter a consciência de que buscar ajuda é não só esperado, mas saudável. Existem diversos canais para compartilhar angústias e experiências, como terapia, grupos de apoio, mídias sociais. Mais recentemente, no Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein desenvolveu o primeiro programa de reabilitação pós-tratamento de câncer, o survivorship, que tem como objetivo facilitar a reinserção do paciente no convívio social e mercado de trabalho e inclui o acompanhamento com médico especializado em medicina integrativa, nutricionista, psicólogo, enfermeira navegadora e terapeuta corporal/health coach.
Muitos sobreviventes temem que o câncer volte em algum momento. O simples fato de ter que se imaginar passando por tudo novamente pode desencadear esse sentimento. É importante discutir com seu oncologista sobre os resultados do tratamento e os riscos de recidiva. Ter a certeza de que se fez tudo de maneira adequada, e embarcar em um estilo de vida saudável no pós-câncer é imprescindível para se superar essa fase. É natural que haja preocupação, pois há de fato chances (que podem variar de acordo com o tipo de tumor e estágio) de que o câncer retorne. É precisamente por esse motivo que existem protocolos de seguimento, cujo objetivo é detectar recidivas durante o período em que elas mais tendem a aparecer. Seguindo as orientações do seu médico, não há mais nada que o paciente precise fazer, exceto viver sua vida tão merecidamente conquistada com leveza e qualidade.
Problemas crônicos como sequelas físicas e psicológicas do tratamento podem atrapalhar a vida posterior ao tratamento. Incluem dependência física, perda de libido e fertilidade, dores crônicas. Procurar ajuda especializada para minimizar o que for passível de melhora pode atenuar esse sofrimento e facilitar a reinserção no mundo.
Estima-se que 70% dos sobreviventes de câncer sofrem de depressão em algum momento. Os sintomas da depressão incluem cansaço constante, falta de prazer e energia para as atividades do dia-a-dia, perda/ganho de peso, irritabilidade e alterações da qualidade do sono. Muitos desses sintomas se confundem com os sintomas remanescentes do próprio tratamento, e, se persistirem, podem ser indícios de depressão. Procure auxílio o mais rápido possível se esse for o caso.
Os sobreviventes de câncer que sofreram amputações, desfiguração ou uma grande mudança na função física podem sofrer de falta de auto-estima. O acompanhamento com equipe especializada em funcionalidade, com fisiatra, fisioterapeuta e cirurgião plástico é importante. Vivemos em uma sociedade que ainda valoriza muito a estética, as vezes até mais do que a própria saúde. Ser honesto, aceitar o seu corpo e reafirmar o que de fato tem valor na vida é muito importante. A comunicação com familiares e amigos é fundamental.
É significativa a mudança espiritual por que muitos sobreviventes (e familiares) passam após superar um câncer. Há um processo intenso de auto-conhecimento, revisão de valores e processos, e de círculo social. Pesquisas sugerem que a espiritualidade melhora a qualidade de vida por meio de uma forte rede de apoio social, enfrentamento adaptativo, depressão diminuída e melhor função fisiológica. Nossa sugestão é que abracem essa mudança, e que disseminem essas reflexões para as pessoas que afortunadamente não enfrentaram um câncer possam incorporar em suas vidas sem uma disrupção tão grande.
Algumas pessoas se perguntam porque sobreviveram ao câncer quando outras não. Se você sofre de um sentimento prolongado de culpa, procure auxílio. Um canal muito utilizado e que traz grande satisfação é a filantropia. Devolver à sociedade traz um sentido ao sobrevivente, de que sua experiência pode ajudar o próximo. Há diversas maneiras, desde apenas compartilhar vivências, até ações sociais, doação de roupas, acessórios, cabelo, doações à ONGs e/ou entidades de pesquisa em câncer.
Você pode descobrir que amigos, colegas de trabalho e familiares tratam você de maneira diferente após um diagnóstico de câncer. Eles podem evitar você ou não discutir seu diagnóstico. Falar abertamente sobre seu tratamento trará transparência e derrubará uma barreira entre você e as pessoas ao seu redor. Além disso, pode facilitar a busca por novos relacionamentos, e inclusive conectá-los a outros sobreviventes.
Há uma grande dificuldade entre os sobreviventes de câncer de retornar às suas atividades laborais. A reabilitação física e psicológica adequada ajuda no retorno precoce, que, por sua vez, ajuda na contínua reabilitação e reinserção no mundo. Muitos sentem que não podem mais se relacionar com colegas de trabalho que não tiveram câncer. Você pode estar relutante em falar sobre seu tratamento contra o câncer para empregadores ou colegas de trabalho por medo de ser tratado de forma diferente. Novamente, a transparência é sempre preferível. Veja se o seu empregador tem um grupo de apoio ou outros recursos para sobreviventes de câncer. Um health coach é uma boa alternativa para casos onde há maior dificuldade.
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